Os dados são do Mapa da Desigualdade 2022, que tem o objetivo de auxiliar a elaboração de políticas públicas para a cidade de São Paulo
Segundo o Mapa da Desigualdade 2022, o tempo médio de espera por uma consulta de atenção primária, no distrito Cachoeirinha, era de 26 dias em 2021, 8 vezes mais do que no Morumbi, que ocupa uma das melhores posições no ranking, com apenas 3 dias de espera.
No mapeamento são consideradas consultas de atenção primária, na rede pública da cidade de São Paulo, as especialidades de clínica médica, pediatria, ginecologia, obstetrícia e Estratégia Saúde da Família (ESF).
Apesar da média geral de 19 dias de espera para a cidade mais rica do país, a desigualdade dos números, a depender do bairro, chama atenção e se estende para outros índices.
A falta de acesso básico à saúde se perpetua por toda a vida, até mesmo em seu início. A cada mil nascidos no distrito Cachoeirinha, 12,4 morrem com menos de um ano de idade, enquanto no Campo Belo não há registros de mortes para esta faixa etária. Como aponta o relatório, a mortalidade infantil está diretamente relacionada a “baixos níveis de saúde, desenvolvimento socioeconômico e condições de vida”.
Ação de saúde para crianças e pré-adolescentes
Em conjunto com a associação PiPA, médicos e alunos de medicina do Instituto Albert Einstein, por meio do Projeto Travessia, atenderam gratuitamente mais de 80 crianças e pré-adolescentes no Peri Alto, em Cachoeirinha.
A ação, que aconteceu no dia 15 de novembro, tinha como principal objetivo mobilizar o atendimento médico pediátrico para crianças e pré-adolescentes entre 0 e 14 anos, atendendo as principais demandas de saúde da população infantil, que foram mapeadas durante um pré-cadastro feito na própria associação.
O atendimento contou com triagem, orientação de medicações e encaminhamento de casos mais graves a outros pontos de atendimento, como as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) mais próximas e o Hospital das Clínicas.
Conheça a Associação PiPA!
A Associação PiPA atua nas áreas do brincar, arte, cultura e educação não formal em bairros periféricos da Zona Norte da cidade de São Paulo.
Com a missão de promover o protagonismo de crianças e adolescentes e atuar a favor da justiça social, o PiPA conta com projetos como o cursinho popular Preparando o Futuro, que prepara jovens para os vestibulinhos das ETECs, e o Educa ViVA, um reforço escolar de português e matemática para crianças.
Apesar de ter como foco projetos educacionais, culturais e artísticos, a Associação PiPA entende e defende que o acesso à saúde é um direito básico de qualquer criança e adolescente. “O PiPA atua com educação, mas é difícil aprender quando você está doente”, declara Daniel Mariano, diretor social do PiPA.
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